Como parte das agendas da Jornada de lutas em Brasília, o MPA se reuniu também nesta quarta-feira(19) com o presidente da Conab, Evangevaldo Moreira dos Santos. Na audiência, o movimento reforçou a importância da Conab como instrumento estratégico para produção de alimentos e cobrou maiores investimentos para a agricultura camponesa.
“Temos que trabalhar uma política sólida de abastecimento e sabemos que a Conab tem esse potencial, mas é preciso ampliar as políticas voltadas para a agricultura camponesa. Precisamos avançar na questão sanitária, transporte, assistência técnica, logística de escoamento da produção etc”, afirmou Raul Krauser, da direção do MPA.
A dirigente Roseli de Sousa falou ainda sobre a importância do Programa de Aquisição de Alimentos, gestado pela Conab, e defendeu que ele se torne uma política pública. “O PAA é um dos mais importantes programas do governo para a agricultura camponesa, pois permite a relação direta entre produtor e consumidor, eliminando a figura do atravessador e dando garantias de comercialização para o agricultor. Contudo, o PAA precisa deixar de ser um programa e se tornar uma política pública”, afirmou Roseli. “Além disso, o PAA não chegou a todos os lugares, por isso precisamos criar mecanismos de nacionalizá-lo”, completou.
Não tenho uma resposta, mas uma crítica ao desempenho da Superintendência da CONAB do Ceará. No início do ano as denúncias de irregularidades tomaram proporções maiores culminando em uma intervenção. Enquanto as articulações caminham dentro da CONAB representantes das organizações de defesa social tentam justificar com muitos argumentos, junto aos agricultores familiares o injustificável.
Estive estudando a situação e o que eu pude perceber é que se não fosse às organizações que incentivam o associativismo e o envolvimento no PAA, além dos técnicos, o Ceará não teria nenhum projeto realizado nos últimos anos. O Ceará, um grande produtor de alimentos do Norte Nordeste tem potencial de sobra e o que estamos vendo é recurso parado. Já estamos fechando o ano e não se vê implantações.
A CONAB, como equipamento de apoio ao desenvolvimento da agricultura familiar, pois está responsável pela execução do PAA não proporciona uma solução para que o programa do Governo gere resultado. Não sei se a Dilma está acompanhando mas a coisa está cada vez mais feia. Após uma audiência na AL realizada com o apoio de parlamentares do Estado apenas assegurou um pífio recurso de R$ 12 milhões para uma demanda de R$ 80 milhões no estado que continua parado.
É necessário que os produtores se apropriem de uma organização como esta para por a Superintendência na linha.
Bismarck Bastos
Instituto IDEAIS
São Benedito/CE